Olá, membros deste seleto clube de leitores (que topam pagar por isso aqui, hehe).
Para agosto, decidi continuar no tema “lançamentos nacionais", e o livro da vez é Caminhando com os mortos, de Micheliny Verunschk. Tô querendo ler ela desde O som do rugido da onça, mas acabei não lendo na época. E agora chegou esse novo aí que me interessou demais.
Então bora conhecer a leitura do mês. :)
Por que escolhi esse livro?
Como dito, tenho essa vontade de ler algo da Micheliny, mas o que acendeu a faísca mesmo foi esse post aqui da Companhia das Letras em que a autora fala sobre os casos que inspiraram o romance.
Esses casos de linchamento por intolerância religiosa ou boatos infundados é uma coisa que me deixa sempre horrorizada com a violência das pessoas. Depois desse post, parei pra olhar melhor o livro e surgiu a vontade. Mas a decisão de ler ele mesmo foi tomada durante o encontro de julho, que me veio a iluminação, rs.
Sobre o que ele é?
Da sinopse:
Um crime choca os moradores de uma pequena cidade no interior do Brasil: uma mulher é queimada viva, em um ritual motivado por razões religiosas, a fim de purificar a vítima e endireitá-la para o “caminho do bem”. A violência parece ter se tornado parte da paisagem: desde que uma comunidade evangélica se instalou na região, episódios do tipo se tornaram cada vez mais comuns. Cabe então ao leitor juntar fragmentos, seguir as pistas e acompanhar os rastros de uma mulher que tenta organizar a narrativa desse trágico acontecimento ― enquanto ela mesma tenta lidar com seus próprios traumas e a ausência de um grande amigo.
Em Caminhando com os mortos, a premiada escritora Micheliny Verunschk constrói um romance inovador e assustadoramente atual, que demonstra como o ódio às mulheres e às minorias atravessa os séculos, sobretudo quando se vale do fanatismo religioso.
Quem é Micheliny Verunschk?
Nasceu em 1972, em Pernambuco. É escritora e historiadora, autora de livros de contos, poesias e romances, incluindo Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (Patuá, 2014), ganhador do prêmio São Paulo de Literatura, e O som do rugido da onça (Companhia das Letras, 2021), que conquistou o Jabuti de melhor romance literário e o terceiro lugar do prêmio Oceanos. Micheliny também foi indicada ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura com o livro de poesia Geografia íntima do deserto, sendo a única mulher estreante e também a mais jovem a ficar entre os dez finalistas. Porreta, viu?
Por que você vai gostar de ler?
Porque nesses tempinhos em que vivemos, esses casos de violência, principalmente os incitados pela internet, são uma constante horrível. Já falei sobre aquele livro que tô lendo, o A máquina do caos, e sobre como ele mostra o impacto das redes sociais na nossa realidade, dando voz para grupos extremistas, racistas, preconceituosos, xenofóbicos e tudo o mais. A gente não pode ignorar essa violência, como Mark Zuckerberg sempre faz. Nós vivemos quatro anos de terror aqui por conta dessa lógica que as redes criaram de fazer discursos inflamados sobre os assuntos mais tenebrosos. Então acho que ler uma história como essa casa muito com esse momento em que a maioria das pessoas ainda ignora o quão manipuladas elas são por essas plataformas.
Onde garantir o seu exemplar?
Como sempre, se você só tem a Amazon como opção de compra, aqui vai o meu link para você adquirir (e eu ganho uma marota comissão).
Mas esta leitora gosta mesmo das livrarias físicas e independentes, então se puder, compre nelas. <3
Espero que tenham gostado da escolha, e boa leitura!